25 setembro 2006

IPI do Brasil

Neste sábado, dia 23 de setembro, às 9:00h da manhã, todos os 52 presbitérios da IPI do Brasil se reuniram para a eleição da nova diretoria da Assembléia Geral. Este é um evento da maior importância para a Igreja.
Nesta eleição havia somente uma chapa concorrendo; a votação seria aprovar ou não esta chapa. Se a chapa não obtiver a maioria dos votos nova eleição será convocada. Se a chapa conseguir a maioria dos votos, será considerada vencedora.
A chapa está assim constituída: Presidente: Rev. Assir Pereira 1o Vice-Presidente: Paulo Damião 2a Vice-Presidente: Presba. Eleni Rangel 1o Secretário: Rev. Ézio de Lima 2o Secretário: Presb. Assuero de Moura
Também houve eleição no Presbitério Catarinense. A diretoria para 2007 fica assim constituída: Presidente: Rev. Lucas Pünder Vice-Presidente: Rev. Regina Niúra 1o Secretário: Preb. Décio Machado 2o Secretário: Rev. Diógenes Braga

15 setembro 2006

O valor do silêncio

"Três vezes por dia, tudo pára na colina de Taizé: o trabalho, os estudos bíblicos, os intercâmbios. Os sinos chamam à igreja para rezar. Centenas, por vezes milhares de jovens de países muito diversos através do mundo, rezam e cantam com os irmãos da Comunidade. A Bíblia é lida em várias línguas. No centro de cada oração comunitária, um longo tempo de silêncio é um momento único de encontro com Deus.
Silêncio e oração Se nos deixarmos guiar pelo mais antigo livro de oração, os Salmos bíblicos, nós encontramos aí duas formas principais de oração: por um lado o lamento e o pedido de socorro, por outro o agradecimento e o louvor. De forma mais oculta, há um terceiro tipo de oração, sem súplicas nem louvor explícito. O Salmo 131, por exemplo, não é senão calma e confiança: «Estou sossegado e tranqüilo… Espera no Senhor, desde agora e para sempre!» Por vezes a oração cala-se, pois uma comunhão tranqüila com Deus pode abster-se de palavras. «Estou sossegado e tranqüilo, como uma criança saciada ao colo da mãe; a minha alma é como uma criança saciada.» Como uma criança saciada que parou de gritar, junto da sua mãe, assim pode estar a minha alma na presença de Deus. Então a oração não precisa de palavras, nem mesmo de reflexões. Como chegar ao silêncio interior? Por vezes calamo-nos, mas, por dentro, discutimos muito, confrontando-nos com interlocutores imaginários ou lutando conosco mesmos. Manter a sua alma em paz pressupõe uma espécie de simplicidade: «Já não corro atrás de grandezas, ou de coisas fora do meu alcance.» Fazer silêncio é reconhecer que as minhas inquietações não têm muito poder. Fazer silêncio é confiar a Deus o que está fora do meu alcance e das minhas capacidades. Um momento de silêncio, mesmo muito breve, é como um repouso sabático, uma santa pausa, uma trégua da inquietação. A agitação dos nossos pensamentos pode ser comparada com a tempestade que sacudiu o barco dos discípulos, no Mar da Galiléia, enquanto Jesus dormia. Também nos acontece estarmos perdidos, angustiados, incapazes de nos apaziguarmos a nós mesmos. Mas Cristo também é capaz de vir em nosso auxílio. Da mesma forma que falou imperiosamente ao vento e ao mar e que «se fez grande calma», ele pode igualmente acalmar o nosso coração quando está agitado pelo medo e pelas inquietações (Marcos 4). Fazendo silêncio, pomos a nossa esperança em Deus. Um salmo sugere que o silêncio é mesmo uma forma de louvor. Nós lemos habitualmente o primeiro verso do Salmo 65: « A ti, ó Deus, é devido o louvor ». Esta tradução segue a versão grega, mas na verdade o texto hebreu diz: «Para Vós, ó Deus, o silêncio é louvor». Quando cessam as palavras e os pensamentos, Deus é louvado no enlevo silencioso e na admiração. ... O silêncio prepara-nos para um novo encontro com Deus. No silêncio, a palavra de Deus pode atingir os recantos escondidos dos nossos corações. No silêncio, ela revela-se «mais penetrante do que uma espada de dois gumes, penetra até à divisão da alma e do corpo» (Hebreus 4,12). Fazendo silêncio, deixamos de esconder-nos diante de Deus, e a luz de Cristo pode atingir, curar e mesmo transformar aquilo de que temos vergonha."

http://www.taize.fr/pt_article1720.html

12 setembro 2006

Visão de Células

A organização de uma Igreja em células é um retorno à comunidade cristã de base, descrita no novo testamento: "Cada casa uma igreja, cada membro um ministro, vivendo em Cristo de casa em casa e na grande congregação". O corpo humano é composto por milhares de pequenas unidades que se juntam para formar o corpo como um todo. Essas unidades são chamadas células. Um bebê tem seu início em uma pequena célula no útero da mãe, então ela cresce e se multiplica em duas células. Essas duas células transformam-se em quatro, as quatro em oito, as oito em dezesseis e assim por diante. Uma célula transforma-se em um corpo humano, cheio de vida e maravilhoso! A célula é um grupo de oito a quinze pessoas que formam uma comunidade para experimentar o amor de Deus, para crescer no relacionamento com os outros e para alcançar os incrédulos. Compartilhar nossas vidas com as outras pessoas na presença de Jesus vai nos unir em uma forte malha que não pode ser rompida. A força de um indivíduo não é o único fator determinante para sua caminhada com Deus. O restante da célula apóia cada membro com oração, encorajamento e visão pelos perdidos para mantê-los crescendo em Cristo. A presença de Jesus no centro da reunião é a força do grupo. Ele é o único que pode oferecer o poder e a visão para caminhar uma vida cristã. Quando sua célula se encontra para a edificação, o foco está em experimentar Jesus em cada parte do encontro. Células são tanto para edificação como para evangelismo. Se uma célula não traz visitantes, não cresce e não se multiplica, e se tornará um grupo apenas voltado para si mesmo, enfadando-se até morrer. Se uma célula não pastorear e edificar as pessoas, não desenvolverá liderança, não formará um caráter aprovado nas pessoas e as pessoas eventualmente desanimarão em sua caminhada com o Senhor (ou eles irão para algum lugar em que podem ser supridos). O grupo deve focalizar-se tanto em edificar uns aos outros, como investir, orar e alcançar os perdidos. Diferente do movimento de Igrejas nas casas, as células são parte de um todo. As células não são independentes, mas interdependentes umas das outras. Muitas células se encontram formando uma congregação para terem uma celebração semanal em conjunto. Uma congregação é uma extensão das células e não funciona sem as células. Desse modo, o pastoreio dos membros é feito pelo facilitador da célula, e não pelo pastor da igreja, que pode ser o responsável por centenas ou até milhares de pessoas.

(Extraído do site www.celulas.com.br)

11 setembro 2006

Reativação da Herança Reformada

" A Reforma Luterana foi tremenda força de libertação na Europa do século XVI. Mas será capaz de contribuir para uma Nova Reforma hoje, transformando a igreja em uma força para a libertação de nosso mundo? Estou convencido que sim. Para nós protestantes, a Reforma é parte integral de nossa auto-biografia social, ajudando-nos a ser aquilo que somos. Ela pode servir para nos orientar e fortalecer, hoje, sob uma condição: que seja reativada. Ela será reativada se nos atrevermos a nos situar na fronteira das lutas humanas do nosso tempo, como Lutero fez no seu, e nos permitirmos ser alcançados pelas boas novas do evangelho na medida em que ele irrompe, aqui e agora. Esta herança da primeira Reforma se tornará viva novamente para nós quando respondermos ao chamado atual por reforma."
(Richard Shaull - teólogo, pastor, missionário)